- Juriti-pepena
Tão perto do fim...
- Grande é minha pena,
Nem há outra assim!
- Juriti-pepena,
Qual é a tua pena?
Conta para mim!
- Não posso, me'irmão,
Que ela está dentro,
Muito lá no fundo
De meu coração.
- Juriti-pepena,
É pena de amor?
- Não, é de paixão.
- Ah, agora te entendo:
Não há maior pena.
Pobre, pobre, pobre
Juriti-pepena!
Tão perto do fim...
- Grande é minha pena,
Nem há outra assim!
- Juriti-pepena,
Qual é a tua pena?
Conta para mim!
- Não posso, me'irmão,
Que ela está dentro,
Muito lá no fundo
De meu coração.
- Juriti-pepena,
É pena de amor?
- Não, é de paixão.
- Ah, agora te entendo:
Não há maior pena.
Pobre, pobre, pobre
Juriti-pepena!
Manuel Bandeira
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