quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ANDARILHO


Entre Montes Claros e Pedra Azul, no norte de Minas Gerais, três andarilhos solitários percorrem trajetórias distintas, relacionando-se, cada qual à sua maneira, com os elementos de um mundo onde tudo é transitório. Segundo filme da trilogia da solidão de Cao Guimarães que trata da relação entre o caminhar e o pensar. A partir do constante movimento de sons e imagens, propõe uma reflexão sobre a vida como lugar de mera passagem.


Cao Guimarães nasceu em Belo Horizonte, é cineasta e artista plástico. Desde o fim dos anos oitenta exibe seus trabalhos em diferentes países pelo mundo. Seus filmes já participaram de diversos festivais, Locarlo, Sundance, Cannes, Festival do Rio...

Para saber mais acese: http://www.caoguimaraes.com/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

FOLHAS SECAS


Folhas Secas (Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito)

Quando piso em folhas secas
Caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha
Estação primeira
Não sei quantas vezes

Subi o morro cantando
Sempre o Sol me queimando
E assim vou me acabando
Quando o tempo avisar

Que eu não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão e da minha mocidade

* Fotografia: Francisco de Assis Xavier Neto/Montes Claros Fev/2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CORDA MI


Prova de Carinho
(Adoniran Barbosa - Hervê Cordovil )

COM A CORDA MI
DO MEU CAVAQUINHO
FIZ UMA ALIANÇA PRA ELA
PROVA DE CARINHO

COM A CORDA MI
DO MEU CAVAQUINHO
FIZ UMA ALINÇA PRA ELA
PROVA DE CARINHO

QUANTAS SERENATAS
EU TENHO QUE PERDER
POIS O CAVAQUINHO
JÁ NÃO PODE MAIS GEMER
QUANTO SACRIFICIO
EU TIVE QUE FAZER
PARA DAR A PROVA PRA ELA
DO MEU BEM QUERER

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

YVES KLEIN


"um mundo novo necessita de um homem novo"

DE VOLTA

Nesse sábado, dia 30/01, o Cinema Comentado Cineclube, em parceria com o Sesc, apresenta A MONTANHA SAGRADA (1973), produção que fecha, com sucesso, a Mostra Alejandro Jodorowsky. No filme, o próprio Jodorowky interpreta o papel do “alquimista”, mago que reúne um grupo de pessoas que representam os planetas do Sistema Solar. Sua intenção é submeter o grupo a uma série de ritos de natureza mística para que se desprendam da bagagem mundana, antes de embarcar numa viagem em direção à misteriosa Ilha de Loto. Chegando lá, iniciam a ascensão à Montanha Sagrada, para substituir os deuses imortais que em segredo dominam o mundo.
A MONTANHA SAGRADA não é um filme convencional. Lançado na mostra não-competitiva do Festival de Cannes, este clássico absoluto do cinema extremo é estranho e indigesto: Imagens delirantes, fragmentos de puro absurdo, flagrantes que desafiam a concepção de realidade e a falta de qualquer concessão fazem da fita uma das experiências mais perturbadoras de toda a sétima arte.
A ganância, futilidade e falta de escrúpulos do ser humano são alguns dos principais alvos de Jodorowsky, mas não os únicos: tão ou mais visado é o caráter antiquado e alienante das religiões organizadas. Sendo cinema na sua mais pura essência, o filme evidentemente não aborda estes assuntos através de discursos intermináveis, mas com fotogramas que primam pela singularidade e beleza pictórica – sem esquecer o humor e a ironia na construção dos acontecimentos e dos personagens. Sarcástico, escatológico, filosófico e mimético são alguns dos adjetivos possíveis de A MONTANHA SAGRADA. Interpretações a parte, ao escancarar o caráter ilusório da odisséia dos protagonistas, Jodorowsky confirma uma de suas frases mais conhecidas: “Eu exijo do cinema o que os americanos exigem das drogas psicodélicas”. Classificação etária: 16 anos.
O Cinema Comentado Cineclube acontece todo sábado, a partir das 19h, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). A entrada é gratuita e há sempre um bate-papo após as exibições.
*Fonte: Cinema Comentado Cineclube