segunda-feira, 20 de junho de 2011

O AMOR COMEU



"O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."

João Cabral de Melo Neto - "Os Três Mal-Amados", constante do livro "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas"

Um comentário:

Leonardo Valesi Valente disse...

Na vida, a fome de amar não cessa mesmo depois de morder a carne que dá corpo ao verbo - que seja amar. A fome retroalimenta o cerne, a luz e a beleza de sentir que se está vivo. Não se pode acabar de tanto comer a fome. Resta inventar um outro jeito, com o amante, de mais desaliviar para jamais ficar sem esperar.