
Atol
Leonardo Valesi Valente
gaivotas, voando, assim brincante,
com aquele estalido
de quando riscam baixo
perto da água.
No tempo de fim do dia,
eu ia abrindo um invento.
Tarde, de volta para a casa,
agora carregado de escritos.
E o azul do céu...
Tanta cor para os pássaros -
seres que despencam de voar
no infinito cerúleo.
Escutei Fênix;
e “Marfim” criava o vestido
que seu amor desenharia.
O meu
desenhou o que senti.
Traço maior que a tarde sem fim,
mais alto que o pio dos pássaros,
ainda mais forte que a ideia de cinema,
tão suave quanto a canção
e esse poema que não escrevi.
Um amor espalhado com o vento,
o seu.
Vivo o profundo que estive ali
criando o que amar,
no mesmo lugarzinho,
sem você.
Para Francisco de Assis Xavier Neto
04/12/2011
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