terça-feira, 6 de dezembro de 2011

POÉTICA

Atol
Leonardo Valesi Valente

Tive uma ideia para vídeo:
gaivotas, voando, assim brincante,
com aquele estalido
de quando riscam baixo
perto da água.

No tempo de fim do dia,
eu ia abrindo um invento.
Tarde, de volta para a casa,
agora carregado de escritos.

E o azul do céu...
Tanta cor para os pássaros -
seres que despencam de voar
no infinito cerúleo.

Escutei Fênix;
e “Marfim” criava o vestido
que seu amor desenharia.
O meu
desenhou o que senti.

Traço maior que a tarde sem fim,
mais alto que o pio dos pássaros,
ainda mais forte que a ideia de cinema,
tão suave quanto a canção
e esse poema que não escrevi.
Um amor espalhado com o vento,
o seu.

Vivo o profundo que estive ali
criando o que amar,
no mesmo lugarzinho,
sem você.


Para Francisco de Assis Xavier Neto
04/12/2011

Nenhum comentário: