Octávio Ignácio nasceu em 1916 em Minas Gerais. Sua primeira internação ocorreu em 1950. Seguiram-se onze reinternações. Passou, então, a freqüentar o ateliê de pintura do Museu de Imagens do Inconsciente em regime de externato, a partir de 1966. Depois que começou com atividades de desenho e pintura houve uma única internação. Morreu em 1980.
A questão sexual sempre se mostrou problemática para Octávio, vivenciada de forma muito penosa por ele. Em vários desenhos é possível notar figuras onde traços masculinos e femininos se misturam.
A série dos cavalos alados demonstra bem os efeitos apaziguadores da pintura para Octávio. Quando começou a freqüentar o atelier de Engenho de Dentro, ele aparecia maquiado e usava objetos femininos. Quando passou a realizar a série dos cavalos, Octávio deixou de se travestir.
Uma outra série bastante interessante é a dos pássaros, Octávio não suportava os bem-te-vis, dizia que eles o acusavam de homossexual, chegando a carregar uma atiradeira para matá-los. Com a pintura, Octávio pôde se munir de uma outra forma para deter esse Outro que o injuriava, o pincel passou a ter uma função de atiradeira e, assim, barrar esse “olhar sonoro” do outro que o visava como homossexual. A pintura alcança esse efeito nos sujeitos psicóticos, servindo de pasto para o olhar faminto do Outro que visa o sujeito; trazendo um apaziguamento do sofrimento subjetivo e uma reordenação de sua realidade psíquica.
A questão sexual sempre se mostrou problemática para Octávio, vivenciada de forma muito penosa por ele. Em vários desenhos é possível notar figuras onde traços masculinos e femininos se misturam.
A série dos cavalos alados demonstra bem os efeitos apaziguadores da pintura para Octávio. Quando começou a freqüentar o atelier de Engenho de Dentro, ele aparecia maquiado e usava objetos femininos. Quando passou a realizar a série dos cavalos, Octávio deixou de se travestir.
Uma outra série bastante interessante é a dos pássaros, Octávio não suportava os bem-te-vis, dizia que eles o acusavam de homossexual, chegando a carregar uma atiradeira para matá-los. Com a pintura, Octávio pôde se munir de uma outra forma para deter esse Outro que o injuriava, o pincel passou a ter uma função de atiradeira e, assim, barrar esse “olhar sonoro” do outro que o visava como homossexual. A pintura alcança esse efeito nos sujeitos psicóticos, servindo de pasto para o olhar faminto do Outro que visa o sujeito; trazendo um apaziguamento do sofrimento subjetivo e uma reordenação de sua realidade psíquica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário